O câncer de próstata é a neoplasia mais comum e a segunda em mortalidade no sexo masculino. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer, no Brasil serão diagnosticados 65.840 novos casos em 2021, compreendendo 62,95 casos/100.000 homens. O índice de mortalidade previsto é de 15.391 casos, ou seja, 1 morte a cada 35 minutos. Sua maior incidência é entre 50 e 75 anos de idade, com uma distribuição em todas as regiões do País.
Alguns dos fatores de risco para esse tipo de câncer são a obesidade, a hereditariedade, estilo de vida e alimentação inadequada. O diagnóstico precoce é a base para o tratamento dessa patologia, com altos índices de cura se descoberto em suas fases iniciais. A dosagem do PSA (no sangue) e o toque retal são fortes aliados para isso, devendo ser realizados a partir dos 50 anos de idade e discutido com o urologista os seus resultados.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos. As principais opções de tratamento podem incluir vigilância ativa, cirurgia, radioterapia, terapia focal com ultrassonografia de alta intensidade, hormonioterapia e quimioterapia.
O principal fator de risco para o câncer de bexiga é o tabagismo, que aumenta de 4 a 7 vezes a chance de desenvolvimento da doença. O tipo mais comum é o tumor de células transicionais, mas há ainda os menos frequentes como carcinomas espinocelulares, o adenocarcinoma, o carcinoma de pequenas células e os sarcomas.
Os exames para diagnóstico do câncer de bexiga são: exame de urina (citologia) e de imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética). A confirmação do diagnóstico e o tipo histológico do tumor é feita através da ressecção endoscópica sob anestesia (investigação interna da bexiga por um instrumento dotado de câmera) servindo como estadiamento e tratamento inicial dessa patologia.
Existe uma característica importante que determina o prognóstico: se o câncer é ou não invasivo. Os não invasivos são tratados com ressecção e complementação terapêutica profilática através da instilação de BCG na bexiga por uma sonda, para evitar o retorno das lesões que frequentemente ocorre. O invasivo requer terapia mais agressiva, combinando quimioterapia ou imunoterapia sistêmica mais abordagem cirúrgica posterior - retirada da bexiga (cistectomia) - e reconstrução da mesma com segmentos do intestino.
O diagnóstico pode ser feito inicialmente através de exame de ultrassom. Na presença de nódulo ou massa renal é obrigatória a realização de uma tomografia computadorizada. Essa técnica é bastante confiável para sugerir se o tumor é maligno ou benigno. Além disso, pode-se fazer a ressonância magnética, que verifica as alterações vasculares e cistos renais complexos. A utilização de biópsia guiada por tomografia tem sua indicação personalizada, de acordo com a análise do especialista.
Por ser um órgão altamente vascularizado e com respostas ainda fracas a terapia de droga-alvo sistêmica (quimioterapia), as neoplasias renais são tratadas prioritariamente por cirurgia, através da retirada de lesões renais ( tumores até 4 cm.) ou a extirpação do órgão.
Embora represente apenas 1% dos tumores que afetam os homens, a incidência de câncer de testículo tem aumentado nos últimos anos. A doença acomete especialmente adultos jovens entre 20 e 40 anos, sendo uma patologia que ocorre na fase reprodutiva do homem.
É comum a suspeita de câncer de testículo ser levantada durante o autoexame ou em uma consulta médica de rotina. O exame mais importante para confirmá-lo é a ultrassonografia, que pode revelar a existência de um tumor impalpável.
Testes laboratoriais de sangue para avaliar os marcadores tumorais - Beta HCG, Alfa-fetoproteína e LDH - são úteis na fase do diagnóstico, durante e após o tratamento. Da mesma forma, tomografia de tórax e abdomino-pélvica são importantes no pré e no pós-operatório.
O tratamento inicial é a biópsia trans-operatória para confirmação diagnóstica e a retirada do testículo acometido em (orquiectomia). Os tumores germinativos do testículo (seminomatosos e não-seminomatosos) são altamente quimio-sensíveis, com excelentes taxas de resposta e cura.
Em alguns casos selecionados é necessária uma abordagem cirúrgica após o tratamento com quimioterapia para erradicar lesões residuais no abdome e tórax. Tais cirurgias são de alta complexidade, pois essas lesões são próximas a grandes vasos (aorta e cava), devendo ser realizadas por profissionais com experiência comprovada no manejo dessa patologia.
DR. FRANZ CAMPOS
Urologia - Oncologia
CRM 5234414-0